segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Um pouco mais sobre a TCC - Terapia Cognitivo Comportamental


A utilização da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) nos consultórios psicológicos vem crescendo a cada dia, a despeito dos inúmeros mitos que ainda sobrevivem, sobretudo no Brasil, a respeito desta abordagem.
Muitos terapeutas ainda acreditam no mito de que a TCC seria uma abordagem limitada, formada por um conjunto de técnicas estereotipadas, rígidas e pré-definidas, a serem aplicadas mecanicamente, sem levar em conta as características individuais de cada cliente, como seu nível de desenvolvimento e seu contexto ambiental.


Tendo sido desenvolvida a partir dos princípios da aprendizagem e da ciência cognitiva, descobertos através de experimentos e formulações teóricas rigorosas, a TCC propõe que os problemas emocionais e
comportamentais surgem como conseqüência de “um modo distorcido ou disfuncional de perceber os acontecimentos, influenciando o afeto e o comportamento” (Falcone, 2001: 50).


Para ajudar seu cliente com a TCC, o terapeuta busca entender como interagem, na vida daquele cliente
em particular, três fatores: o comportamento (o que a pessoa faz e como ela o faz), as cognições (o que a pessoa pensa e sente, e como ela pensa e sente), e as condições ambientais (como se estrutura e organiza o ambiente no qual a pessoa vive).

À medida que compreende como estes três fatores interagem, o terapeuta elabora um plano de intervenção para modificar ou corrigir a distorção ou disfuncionalidade que produz o sofrimento. Vê-se assim que, ao contrário de estereotipada, rígida e pré-definida, a TCC é um procedimento que exige
alta flexibilidade e criatividade por parte do terapeuta, que deve adaptar e ajustar seu plano de trabalho às condições específicas de cada cliente, como se fosse um alfaiate, que corta a roupa para ajustá-la às medidas do cliente.

FALCONE, Eliane (2001) Psicoterapia cognitiva. In: RANGÉ (2001).






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