sábado, 24 de agosto de 2013

Novos tempos...que tal falarmos de: GESTAÇÃO

Algum tempo sem escrever e a minha justificativa é o tema de hoje do blog. Sim, vou ser mamãe e me vi com dificuldade em deixar cair essa ficha tão rapidamente. É muita informação, conselhos, palpites, medos e ansiedades que rodeiam os primeiros meses dessa jornada rumo ao desconhecido. A primeira coisa que acontece é que você deixa de contar o tempo em dias ou meses e passa a contar com semanas...e elas demoram muuuuito para passar. Por conta dessa montanha russa de sentimentos que rondam as grávidas, decidi falarmos um pouco sobre os aspectos psicológicos da gravidez.
É importante salientar que: a mulher fica (de forma nunca antes vivenciada) em uma condição de vulnerabilidade emocional intensa na gravidez. Ela fica exposta a múltiplas exigências, e vivencia um período de reorganização corporal, bioquímica, hormonal, familiar e social que a faz ficar propensa a uma multiplicidade de sentimentos. São novos papéis sociais intrafamiliares (de filha passa para mãe) e extrafamiliares (novo papel na sociedade) a serem também gestados dentro da mulher. Sentimentos de ansiedade, insegurança, incerteza e medo normalmente são experienciados pela gestantes. Esses sentimentos variam de intensidade e dependem da personalidade da mulher, sua relação com o parceiro, sua relação com sua mãe, se a gravidez foi desejada...Maldonado (1988) ressalta que a gravidez é uma transição que faz parte do processo de desenvolvimento e envolve a necessidade de reestruturação em várias dimensões; uma delas é a mudança de identidade e a nova definição de papéis.
Outro aspecto que podemos levantar é a mitização do processo gestacional, ou seja, o mito de que a grávida esta em um processo quase mágico de profunda felicidade e realização. É como se a grávida precisasse dar saltos de alegria a cada 5 segundos. O vínculo com o bebê, é exigido que seja instantâneo ao se descobrir grávida, os medos são minimizados, os desconfortos físicos (enjoos, dores e etc) são desvalorizados ou vistos como "o preço pequeno a se pagar" diante da magnitude da maternidade. Nem sempre é assim e quando não é, a gestante se cobra para adaptar-se às exigências do imaginário social. A sociedade tende por uma interpretação maniqueísta, se não ama a gravidez, a rejeita. 
Por esse motivo é que se faz importante compartilhar essas ansiedades, esses sentimentos seja em um grupo de gestantes ou em mesmo em uma psicoterapia individual. 
Seguem algumas das maiores ansiedades que podem surgir no período da gestação de acordo com com o período: 


 1º Trimestre
1. Ambivalência afetiva (aceitação X rejeição).
2. Dúvida quanto estar grávida.
3.Fantasia do aborto.
4.Impressão de estar fazendo mal ao feto (alimentação...).
5.Nascer filho deformado.

6. Introversão, insegurança e sensibilidade.]
2º Trimestre
1.O mais estável período emocional.
2.Menor ansiedade (sente os movimentos do bebê).
3.Diminuição do desejo sexual.
4.Aumenta necessidade de receber carinho, cuidados e proteção.
3º Trimestre
1. Elevação da ansiedade.
2.Preocupação com o parto.
3.Preocupação com  a responsabilidade.
4.Interferência da família

Claro que essas ansiedade podem mudar de acordo com casa mulher, mas é importante refletir sobre elas.

Referências Bibliográficas

MALDONADO, Maria Tereza Pereira. Psicologia da Gravidez: Parto e puerpério. 9ª  Ed. Petrópolis: Vozes, 1985.


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